Na época medieval, a população dividia-se em três grupos principais: nobreza, clero e povo, cada um com modos de vida muitos diferentes.
O quotiodiano na nobreza
Os tempos livres dos nobres eram ocupados com actividades como caçar, montar a cavalo, treinar aves (como falcões) e exercitar-se no manejo das armas (espada, lança, arco e flecha). Os escudeiros ajudavam os nobres a carregar as armas e a vestir as armaduras. Os torneios equestres eram exercícios de combate praticados em tempo de paz. Os cavaleiros da idade média, quando não estavam em batalha, dedicavam-se a competições que podiam ter três provas: o torneio, a justa e o combate a pé.
As damas nobres viviam mais no interior das suas casas. Podiam passear pelos campos e jardins, acompanhadas pelas suas aias.
A alimentação da nobreza organizava-se em dois momentos principais: o jantar e a ceia. A carne era quase sempre assada e, em ocasiões especiais, vinham para a mesa os animais inteiros.
Para animar as refeições existiam os bobos, jograis (músicos e cantores) e malabaristas.
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O mobiliário da época era pouco variado: existiam mesas nas salas de refeições, com bancos ou cadeirões, arcas, camas nos quartos e pouco mais. Para dar um maior conforto, o chão era coberto com tapetes e almofadas e as paredes com tapeçarias. A lareira servia para aquecimento e iluminação em conjunto com velas e archotes.
O vestuário, no séc. XIV, também não era muito variado. Quando as cidades começaram a crescer, surgiram tendas em feiras, dirigidas por tecelões, alfaiates, remendões e outros artesãos que faziam roupas. Os homens vestiam pelotes (uma espécie de casacos sem mangas ou com mangas curtas), pelo joelho e meias justas às pernas. Tanto homens quanto mulheres usavam mantos ou capas. Os vestidos das mulheres eram compridos e justos no busto. Punham redes nos cabelos, usavam véus e panos para cobrir o pescoço. Os homens usavam na cabeça capuzes com pontas compridas. O calçado tinha uma forma pontiaguda e era feito em pano, com a sola presa por correias.
As roupas das classes dominantes tinham muitos enfeites e acessórios, como botões e cintos ornamentados com pedrarias. Os tecidos variavam de acordo com a classe social. Os nobres vestiam seda e enfeitavam as roupas com peles valiosas.
O quotidiano no povo
O quotidiano do povo era muito diferente do que se passava na nobreza. Muitos trabalhavam nas terras da nobreza ou dos mosteiros, onde pagavam várias rendas ou impostos. Raramente tinham terras suas. Alguns, ganhavam algum dinheiro e estabeleciam-se por conta própria nas cidades. Eram os burgueses.
As feiras eram motivo de grande animação. Vinham produtores de outras regiões, chegavam visitantes em busca dos produtos que lhes faziam falta e juntava-se todo o tipo de divertimentos: saltimbancos, malabaristas, jograis cantando trovas de amor e jogos de diversos tipos. A música e a dança eram presença certa em dias de feira. Os instrumentos da época incluíam flautas, trombetas, tambores e instrumentos de corda.
A vida nos mosteiros
O clero foi, durante muito tempo, o único grupo social que sabia ler e escrever e que através da leitura, tinha acesso a conhecimentos sobre vários assuntos. O clero que vivia nos mosteiros dedicava-se à oração, ao estudo e à assistência aos necessitados.
Liliana Fernandes, Luís Reis, Raquel Ferreira, Artur Holovchenko, Stefany Paula
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