![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinU66bJ7sqd5cSgdg9eXg7kSdfy1Lssm0agpsa6Rcee4EqH3JCeNKZxGLO-5_iDjSJV2aP_98P3IQ1_0dRHpGAOSvc2WEO0VWW-PO0CSiMFBxXOma4GrY2okrFKz9_oZ3Ha8BGsw3v1PA/s400/post3_01.jpg)
D. Pedro I foi um rei que viveu uma grande história de amor com Inês de Castro. Era filho de D. Afonso IV, rei de Portugal e de D. Beatriz de Castela.
D. Beatriz e D. Afonso IV
Neste tempo, o casamento era considerado um acordo político e eram os pais que decidiam o futuro dos filhos quando estes eram ainda muito novos. Assim, D. Afonso IV decidiu o destino do seu filho Pedro, combinando casá-lo com D. Constança, uma nobre castelhana.
Em 1340, organizaram-se grandes festejos em Lisboa para receber a noiva do príncipe herdeiro. Houve música, danças e poesia de trovadores. Inês de Castro, filha de um nobre galego, era a dama de companhia de D. Constança. A beleza de Inês fez com que o príncipe D. Pedro reparasse nela. Ao conhecerem-se, D. Pedro e D Inês apaixonaram-se. Mas o casamento de D. Pedro e D. Constança realizou-se, do qual nasceram três filhos: D. Maria, D. Luis e D. Fernando.
O romance de Pedro e Inês manteve-se durante o casamento com D. Constança. O rei D. Afonso IV era contra este amor, pois receava que a influência dos irmãos de Inês pudesse colocar em causa a independência de Portugal.
D Inês refugiou-se no Castelo de Albuquerque, que pertencia à sua família, mas apesar da distância, Pedro e Inês continuavam cada vez mais apaixonados.
D. Constança morreu depois do nascimento do Infante D. Fernando. Desde então, D. Pedro e D. Inês assumiram o seu amor e passaram a habitar os Paços de Santa Clara,. numa das margens do rio Mondego, em Coimbra. Tiveram quatro filhos: Afonso, João. Diniz e Beatriz.
O príncipe resolveu passar uma temporada com Inês e os filhos no pavilhão de caça da mata real que hoje se chama Quinta das Lágrimas.
Entretanto, em Lisboa, D. Fernando, filho de D. Pedro e D. Constança, ia sendo educado para um dia ser rei. O que aconteceria se D. Inês, fidalga castelhana, viesse a ser rainha? Era bem possível que um dos seus filhos viesse a ser rei de Portugal. Seria então fácil a nobreza castelhana tomar o poder e Portugal perder a independência.
Aquela situação nunca foi bem aceite na corte e, entre calúnias e acusações foi surgindo a ideia de pôr fim ao romance e D. Afonso IV decide mandar matar Inês de Castro.
No início de 1355, o príncipe D. Pedro não podia imaginar o que estava para acontecer à sua bela Inês. Por isso, partiu para mais uma caçada por montes e florestas, com os seus amigos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVRvzGICJrBDDAU03Kf0aNeD_QnZhnoAIFv0WGYPz85GRVHxi8VK7_x44NgqNkdSyBSpBgeRHBcqIIBgysRRog025Lvd1ZsDZj0jFKrVKuO-MgLe40liONRPwc8U7GKiIN0-R7HTTBigw/s400/post3_04.jpg)
No dia 7 de Janeiro, Inês de Castro foi surpreendida pela chegada do rei D. Afonso IV e conselheiros.
Rodeada dos seus filhos, Inês implorou ao rei que lhe poupasse a vida em consideração pelos seus netos. Apesar dos apelos, os conselheiros mataram Inês, na quinta onde vivia, em Coimbra. Esta ficou conhecida como a Quinta das Lágrimas, pois reza a lenda que foi neste local que Inês chorou as suas últimas lágrimas.
Ao saber da notícia, D. Pedro, revoltado, desafiou o rei, mas a rainha, D. Beatriz convenceu o filho a não entrar em guerra com o pai. Contudo, D. Pedro jurou castigar os responsáveis pela morte da sua amada. Quando subiu ao trono, em 1357, não esqueceu o ódio e mandou matar Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho, os assassinos que cruelmente mataram a sua Inês.
Como prova do seu amor eterno, D. Pedro I mandou construir dois túmulos, um para ele e outro para Inês, no Mosteiro de Alcobaça.
Em 1361, fez-se a transladação do corpo de Inês de Castro, do Convento de Santa Clara, em Coimbra, para o Mosteiro de Alcobaça. O cortejo fúnebre fez-se seguido por uma multidão de populares, nobres e clérigos. Pelo caminho, seguiam filas de criados com tochas acesas. Todos faziam vénias à passagem do caixão.
Aquelas manifestações mostravam que o amor resistia para além da morte.
Diz a lenda que D. Pedro fez coroar Inês de Castro rainha e obrigou a nobreza a beijar-lhe a mão, depois de morta.
Em 1367, morre D. Pedro I. Foi sepultado no túmulo em frente ao de Inês de Castro. E até aos dias de hoje, os dois eternos namorados repousam juntos, unidos pelo amor que não tem fim, através da simbologia gravada na pedra dos túmulos ”Até ao fim do Mundo”.
Contexto histórico da época
- 1320: Em Coimbra, a 8 de Abril, nasce o príncipe D. Pedro, filho de D. Afonso IV, rei de Portugal, e de sua mulher D. Beatriz.
- 1340: D. Afonso IV participa na batalha do Salado ao lado de Afonso XI de Castela; é a vitória decisiva da cristandade sobre os mouros da Península Ibérica; Inês de Castro, dama galega, vem para Portugal no séquito de D. Constança, noiva castelhana de D. Pedro; futura paixão de Pedro por Inês; casamento de D. Pedro e D. Constança.
- 1345: Nasce D. Fernando, filho de D. Constança e de D. Pedro.
- 1349 ?: Morte de D. Constança.
- 1354: Influenciado pelos Castro (irmãos de Inês), D. Pedro mostra-se disposto a intervir nas lutas dinásticas castelhanas.
- 1355: A 7 de Janeiro, com o consentimento d’el-Rei D. Afonso IV, Diogo Lopes Pacheco, Pedro Coelho e Álvaro Gonçalves matam Inês de Castro; revolta de D. Pedro contra o pai.
- 1357:Morte de Afonso IV; D. Pedro sobe ao trono e manda executar os assassinos de Inês de Castro.
- 1361: D. Pedro I manda transladar os restos mortais de D. Inês de Castro, do Convento de Santa Clara (Coimbra) para o Mosteiro de Alcobaça.
- 1367: A 18 de Janeiro morre D. Pedro I em Estremoz, sendo posteriormente sepultado em Alcobaça
D. PEDRO I - O JUSTICEIRO
D. Pedro I preocupou-se sempre em castigar quem cometesse algum crime. Castigava um nobre e defendia um pobre. Foi um rei que soube evitar as guerras, tão frequentes naqueles tempos. Aumentou o tesouro, cunhou moeda de prata e ouro e era generoso porque dizia: “Dia em que o Rei não dá, não merece o nome de Rei”.
D. Pedro I queria que o seu povo vivesse bem. Protegeu os fracos contra os ricos, ainda que, por vezes, com crueldades e exageros. Uma personalidade feita de grandes contrastes, foi muito amado por uns e odiado por outros.
Além de O Justiceiro, D. Pedro I ficou com o cognome de O Cru ou O Cruel pela crueldade na morte dos assassinos de D. Inês de Castro.
Descendência
Primeiro casamento: Branca, princesa de Castela (repudiada)
Segundo casamento: Constança Manuel, princesa de Castela (1320-1349)
Luís de Portugal (1340)
Maria, princesa de Portugal (1342-1367), casada com Fernando, príncipe de Aragão
Fernando, rei de Portugal (1345-1383)
Terceiro casamento: Inês de Castro (1320-assassinada em 1355)
Afonso de Portugal (morto em criança)
Beatriz, princesa de Portugal (1347-1381)
João, príncipe de Portugal (1349-1387)
Dinis, infante de Portugal (1354-1397)
Teresa Lourenço
João I, rei de Portugal (1357-1433)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc_Tor6w3cKircZzLmm5wDwuD6Oa1l3Y7xatFDOD_ruS1b5MhXSyc5XolvHIQkymfzgXFpvvNmrfzYqZx0g6Nif727SZnWHCNpvziYw_1GjOAwKY1JfZOv4noPD3dPO6r_cdhRGTmKatw/s400/post3_07.jpg)
D. INÊS DE CASTRO
Inês de Castro nasceu em 1325, em Monforte, província de Vigo. Era filha bastarda de Pedro Fernandes de Castro, poderoso senhor galego e de Aldonza Soares de Valladares, uma portuguesa. Inês era bela, alegre, loira e de olhos verdes. A beleza de Inês despertou desde logo a atenção do príncipe, que veio a apaixonar-se por ela.
Liliana Fernandes, Luís Reis, Raquel Ferreira, Artur Holovchenko
0 comentários:
Enviar um comentário